Resumo do Plenário: manutenção do projeto original da Hemobrás é comemorada por deputados

Em 16/08/2017
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A decisão do Ministério da Saúde de manter o projeto original da fábrica da Hemobrás em Goiana, na Mata Norte, foi comemorada por vários deputados na Reunião Plenária dessa quarta. O funcionamento da obra, que tem conclusão prevista para 2019, estava ameaçado. Segundo parlamentares, o ministro Ricardo Barros havia manifestado interesse em levar parte da produção da Hemobrás para Maringá, no Paraná, que é reduto eleitoral do gestor. O deputado Ricardo Costa, do PMDB, destacou a articulação de políticos pernambucanos para mudar a situação. “Quero aqui enaltecer as forças políticas que não se calaram. Pelo contrário: se uniram em um só coro e conseguiram reverter um posicionamento ameaçador, que traria um prejuízo incalculável a Pernambuco e ao Brasil.

Roberta Arraes, do PSB, ressaltou que uma empresa internacional já sinalizou interesse em aumentar os investimentos na Hemobrás. Priscila Krause, do Democratas, disse que é preciso continuar alerta ao futuro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. “Acho que nós aqui na Assembleia cumprimos o nosso papel. Precisamos continuar cumprindo, porque há problemas anteriores que precisam ser resolvidos. A gente precisa discutir, sim, a permanência e o tamanho dessa ingerência, e como se dará isso, do setor privado internacional, porque nesse momento ele se faz necessário.

O fundo público para financiamento de campanhas eleitorais, debatido na Reforma Política analisada pelo Congresso Nacional, recebeu críticas do Presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa, do PDT. “O Brasil pagar quatro bilhões e oitocentos mil reais para custear campanha eleitoral, num momento em que o Governo ameaça aumentar o Imposto de Renda, congelar o salário do servidor e, ainda, manter um teto salarial de cinco mil reais, é verdadeiramente um abuso de autoridade.

Também repudiaram a medida os deputados José Humberto Cavalcanti, do PTB, Ricardo Costa, do PMDB, João Eudes, do PDT, e Romário Dias, do PSD.

O deputado Joel da Harpa, do PTN, acusou a Secretaria de Defesa Social de cometer uma injustiça contra ele. Nessa quarta, o parlamentar foi excluído da Polícia Militar de Pernambuco. O motivo, segundo ele, foi a venda legal de um terreno herdado do pai, que agora é objeto de reclamação por outra pessoa, que se diz dona do imóvel. “E ainda estão tentando colocar na imprensa que eu fui excluído por possível estelionato. Eu quero dizer para os senhores e as senhoras que tenho minha vida limpa. Eu acho que a mensagem que o Governo quer passar para a categoria é: ‘se excluíram o deputado, imagina qualquer outro policial’. Não iremos parar de lutar, de buscar nossos direitos.

A reabertura do Hospital São Sebastião, em Caruaru, no Agreste Central, foi celebrada por Laura Gomes, do PSB. Segundo a parlamentar, com a desistência da Prefeitura do município em gerir a instituição, o Governo do Estado vai assumir a unidade com a promessa de ampliar o atendimento. Já para Priscila Krause, a decisão da Secretaria de Saúde causou estranheza, pois a municipalização do hospital foi uma das principais bandeiras da campanha da prefeita Raquel Lyra.

Os problemas da segurança pública em Pernambuco repercutiram no pronunciamento do deputado Edilson Silva, do PSOL. O parlamentar afirmou que a criminalidade não pode se naturalizar no estado e criticou o Governo por não empossar integrantes da sociedade civil no Conselho Estadual de Direitos Humanos.